Por alguns anos, a dúvida que trazia comigo desde que era criança, parou de me assombrar: "_O que eu quero ser quando crescer?"
"_Mãe!".
E não pense que essa decisão de ser exclusivamente mãe é um mar de rosas! As pessoas me olham torto, com preconceito. A começar por ter sido mãe as 17. Depois por ter sido mãe novamente aos 20 e principalmente por ter escolhido ser mãe de 3 aos 25. Me acham maluca, tem gente que pensa que sou uma pobre coitada cheia de filhos. A verdade é que hoje essa coisa da mulher lutar por direitos iguais e por sua independência, fazem da mulher que decide dar uma pausa nos estudos e nacarreira para ser mãe em tempo integral uma pobre coitada! Sorte a nossa de não estar nem aí para isso!
Minha mãe vive compartilhando matérias sobre concursos públicos e vestibular na minha timeline do facebook. Ela, que desde nova aprendeu a trabalhar para sustentar seus filhos, já que era divorciada (e quem recebe pensão sabe que não dá pra nada), não se acostuma com a idéia de ter sua filha em casa, cuidando dos filhos, casa e marido.
Já me perguntou umas 3 vezes: "_E um dia, se o seu marido te der um pé na bunda? O que você vai ser?"
Aí, com toda a paciência do mundo (e bufando por dentro) respondo que continuarei a ser mãe, mas não com toda a dedicação que posso ter hoje.
Mas é difícil ela entender que se posso e gosto de me dedicar a maternidade em tempo integral, vou fazê-lo assim!
Depois que me tornei mãe, aprendi a colocar minhas filhas sempre em 1º lugar. Há quem diga que isso é errado, que um dia elas vão crescer, sair de casa, e me deixar sozinha, sem estudo, sem carreira. Mas eu acho que o dia em que saírem de casa, vou deitar tranquila sabendo que dediquei anos da minha vida ensinando o que sei de melhor e corrigindo erros e defeitos que nem aprendi a consertar em mim.
Depois que me tornei mãe passei a ter medo de montanha-russa, e de tudo que ache arriscado na vida.
Passei a não me importar se perdi o show do meu cantor preferido, ou se já não posso encher a cara quando sinto aquela vontade de tomar um porre até apagar.
Depois que me tornei mãe aprendi a lidar com as olheiras. Lembro do comentário da minha melhor amiga em uma das minhas primeiras fotos com minha mais velha: "_Nossa, como você está com cara de mãe!". E aí fui comparar minhas fotos semanas antes com a tal foto da cara de mãe, e descobri que tinha sido contemplada com um belo par de olheiras, mas o sorriso, cansado, era o mais feliz e sincero de toda a minha vida!
Nesse dia das Mães, quero parabenizar a todas as Mamães, integral ou não, com olheiras ou não.
Quero parabenizar pela força, coragem, garra, paciência, amor!
Um domingo de muitas alegrias a todas!
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"Nunca houve no mundo duas opiniões iguais, nem dois fios de cabelo ou grãos. A qualidade mais universal é a diversidade." (Michel de Montaigne)
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